Os alemães Tokio Hotel regressaram esta Quarta-feira ao Pavilhão Atlântico, em Lisboa. Ainda que com o palco colocado a meio da sala, a lotação esteve longe de esgotar, a histeria também foi menor, mas o grupo não desiludiu e protagonizou um concerto pleno de luz, cor, energia e boa disposição, dentro e fora do palco.
Com início previsto para as 19h30, a actuação começa pelas 21h00, um atraso demasiado grande, tendo em conta a tenra idade do público que, na sua maioria, não teria ainda jantado antes de entrar no Pavilhão.
É incontornável a máquina por detrás dos Tokio Hotel, senão veja-se: o palco é grandioso, o som idem e o desenho de luz não fica atrás. Um pano negro esconde um ovo gigante, que mais parece uma nave espacial, ou vice-versa. Lá de dentro surge o vocalista Bill Kaulitz e Gustav Schäfer, cuja bateria fica instalada no centro da estrutura robótica aberta. Tom Kaulitz (guitarra) e Georg Listing (baixo), que completam o quarteto, entram pelas laterais do palco, já ao som de ‘Noise’. De fundo a esperada gritaria dos fãs, que na sua maioria são adolescentes e pré-adolescentes, mas há também muitas crianças acompanhadas sobretudo pelas mães, já que os pais terão ficado em casa a asistir ao Manchester-Bayern Munich. No palco havia três ecrãs gigantes, dois nas laterais e o terceiro ao fundo, havia ainda uma enorme escadaria dupla, com ligação à bateria e por todo o lado cartazes com mensagens de apoio à banda, como «Ich Liebe Dich Gustav».
O andrógino Bill Kaulitz continua a ser a figura central de cada concerto dos alemães. O cabelo espetado ou as rastas pertencem ao passado e neste concerto o cantor surge de cabelo curto, ao estilo de Adam Lambert, e vestido com as criações bem loucas da marca canadiana Dsquared (dos irmãos Dean e Dan Canten), com muito cabedal, anéis fluorescentes e brilhantes ou metais incrustrados, algures entre uma Beyoncé nos tempos de ‘If I Were A Boy’, uma Lady GaGa um pouco menos excêntrica ou um David Bowie da fase Ziggy Stardust. «Quero dar-vos as boas vindas à cidade Humanoid», diz Kaulitz a dada altura, correndo o palco de lés a lés e subindo e descendo as escadarias várias vezes, com poses teatrais de estrela pop.
As letras de todas as músicas estavam mais do que na ponta da língua mas os grandes momentos haveriam de acontecer ao som dos singles ‘World Behind My Wall’, ‘Ready, Set, Go!’ ou ‘Automatic’. ‘Humanoid’ (na versão alemã) foi cantada em registo acústico, 'Dogs Unleashed' teve direito a uma mota em palco e houve explosões de fogo em ‘Hey You’. ‘Darkside of the Sun’ é apresentada como a derradeira canção da noite, mas Bill Kaulitz e companhia ainda voltariam para mais dois encores, para os quais guardaram o inevitável ‘Monsoon’, tema que disseram tocar em todos os concertos desde 2005, a balada 'Zoom Into Me', que foi cantada por Bill acompanhado pelo irmão Tom ao piano, com a cauda a arder, ainda que com muito menos impacto visual do que nos MTV EMAs 2009, e ‘Forever Now’, que dá por terminado o concerto, com uma chuva de papelinhos. À saída eram muitos os pais que esperavam os seus petizes, visivelmente transtornados pela hora tardia a que terminou o concerto, já cerca das 23h00.
Fica o alinhamento da passagem da “Humanoid City Tour” por Lisboa:
Noise
Human Connect to Human
Break Away
Pain of Love
World Behind My Wall
Hey You
Alien
Ready, Set, Go!
Humanoid
Phantomrider
Dogs Unleashed
Love and Death
In Your Shadow (I Can Shine)
Automatic
Screamin’
Darkside of the Sun
1º Encore
Zoom Into Me
Monsoon
2º Encore
Forever Now
fonte:http://bit.ly/afUw7g
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