04.03.10 - SVENSKA DAGBLET [SE] // TRADUÇÃO
Publicada por StreetTeam à(s) 10:45Seis dias numa fila no exterior do Globe
As fãs mais leais dos Tokio Hotel que tocarão na Suécia pela primeira vez.
Quando a banda rock Tokio Hotel toca esta noite em Estocolmo, os seus fãs mais leais fazem fila no exterior do Globe há já vários dias. Mas entretanto escrevem-se títulos de imprensa sobre artistas como o Bruce Springsteen cada vez que ele por aqui passa, a banda é rejeitada pelo facto de a sua base de fãs ser maioritariamente constituída por jovens raparigas.
Elas já contam com cinco frias noites em cima, as centenas de fãs que se encontram alinhadas no exterior do Globe. Apesar do sol só brilhar no Sul de Estocolmo a temperatura resume-se a seis graus negativos, e ainda lhes faltam muitas horas frias até poderem começar a correr até ao primeiro concerto da banda na Suécia. Mas Angela Satarzada, de 15 anos, que se encontra aqui desde Sábado, diz que poderia estar na fila durante um mês:
- “Quando começei a gostar de Tokio Hotel eu vi uma rapariga num DVD que dizia que já estava na fila para o concerto à 27 horas. Senhores, isso é doentio, foi o que eu pensei. Como é que alguém pode estar ali durante tanto tempo? Já estamos aqui à quase seis dias, e agora faz todo o sentido” – diz ela.
Angela Satarzada e a sua amiga Arina Maximova, já ouvem os Tokio Hotel há alguns anos. Ficaram tão fixadas na música da banda que no Outono passado fizeram uma viagem até ao Museu Madame Tusaud para poderem ver o boneco de cera de Bill Kaulitz.
- “Desde então decidimos que tinhamos de ficar na primeira fila no concerto. Até parece irreal, agora que está prestes a acontecer“, diz Arina Maximova.
Este tipo de interesse não é estranho no que toca à audiência dos Tokio Hotel. Desde que a banda alemã entrou na rota do sucesso em 2005, venderam milhões de álbuns por todo o mundo, mas em primeiro lugar, o facto do grupo ser um fenómeno, ficou a dever-se aos fãs. Em quase todos os países europeus, trabalham as chamadas Street Teams que espalham a informação e servem de Relações Públicas à banda. Madeleine Engberg de Hudiksvall é a responsável pela secção sueca, que tem mais de 5000 membros. Além do trabalho realizado com as fãs, também é sua tarefa chamar a atenção dos meios de comunicação em relação á banda:
- “Já tentei contactar os meios de comunicação várias vezes, para os alertar para o facto de muitas fãs quererem ler coisas sobre a banda. Na maior parte das vezes trata-se de pressionar e explicar que existe um grande interesse. Quer dizer, nós queremos que mais pessoas os descubram“, diz ela.
A lealdade entre os fãs de Tokio Hotel gerou críticas que os dizem pouco dignos de credibilidade para as companhias discográficas. A realidade é bem mais complicada do que isso dizem as realizadoras Ina Holmqvist e Emelie Wallgren, que filmam o documentário “Sa nära”, com Arina Maximova e Angela Satarzada, sobre o seu amor pelos Tokio Hotel.
- “Há uma opinião generalizada sobre as jovens fãs, de que não têm vontade ou gostos próprios. No entanto estas são raparigas cheias de força de vontade e ambição. Nesse sentido pode dizer-se que ficam ainda mais fortes por ouvir Tokio Hotel, que quase ninguém em torno delas gosta“, diz Emelie Holmqvist.
Hillevi Ganetz, professora associada no estudo de géneros na Universidade de Estocolmo que escreveu bastante sobre a idolatria, concorda com essa conclusão. Ela diz que até os jovens fãs são exigentes, mas o gosto musical das jovens raparigas ainda não é tido em consideração em comparação com outros. O facto de muitos fãs de Tokio Hotel serem vítimas de ataques e de críticas por parte de quem está próximo deles é algo que comprova tal facto.
-“Estas bandas que conseguem uma larga audiência feminina têm sempre estatutos mais baixos. É algo que se pode confirmar olhando para a história da industria musical. Esta categoria de fãs é considerada histérica, enquanto, por exemplo, os fãs masculinos de futebol são vistos como algo divertido por incentivarem a comunidade em que acreditam.”
No entanto, é a comunidade entre os fãs de Tokio Hotel que espera pelo concerto da banda em Estocolmo. Quando se sentam nos restaurantes de fast-food para se aquecerem, concordam no facto de acharem divertido conhecer tantas outras pessoas com experiências parecidas:
-”É como se fossemos uma pequena família. Todos estamos aqui pelo mesmo e ninguém irá dizer mal dos Tokio Hotel. Encontramo-nos uns nos outros“, diz Arina Maximova.
-“O sentimento de se ser fã não pode ser colocado em palavras. É tão bom ter uma banda da qual gostas. Não sei como seria a vida se os Tokio Hotel não existissem“, diz Angela Satarzada.
Os Tokio Hotel conseguiram o seu reconhecimento internacional em 2007.
Os Tokio Hotel foram formados na cidade alemã de Magdeburgo no início de 2000 pelos gémeos Bill e Tom Kaulitz. A banda estreou-se em 2005 com o álbum Schrei, que foi traduzido para inglês em 2007, facto que os levou ao sucesso internacional. No ano seguinte a banda fez a sua primeira tour europeia. A sua maior audiência encontra-se na Alemanha, onde tudo o que produziram desde o início da sua carreira vendeu mais de 5 milhões de cópias.
A banda tornou-se num fenómeno graças à devoção fora do normal dos seus fãs. As maiores bases de fãs encontram-se tanto na França, como no seu país natal, Alemanha.
Tradução por: www.thzone.org
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